O líder da bancada parlamentar do PSD defende que o estado tem de assegurar os serviços públicos, mas também gastar menos. Um objectivo que obriga a “coragem para reformar” e transformar “uma máquina pesada e burocrática”, num estado eficiente.
Este é o rumo que o Governo está a tomar, afirmava Luis Montenegro durante um jantar com militantes social-democratas, organizado pelo PSD de Almada para debater os desafios do novo ano político. “Mudança” foi a expressão usada pelo líder parlamentar que deu como exemplo a reestruturação efectuada pelo executivo de Passos Coelho no sector dos transportes públicos para equilibrar as finanças das operadoras.
“Os mais carenciados têm agora um passe que custa menos, após esta reestruturação. Quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos”. Este é o caminho a seguir, afirma, embora reconheça que é “muito difícil”.
Deixando responsabilidades no ex-governo socialista, Luis Montenegro afirmou que “em seis anos praticamente duplicámos a dívida pública e não se gerou receita para pagar as nossas obrigações”. O resultado desta política é que “Portugal está a pagar 7,5 mil milhões de euros só de juros. Uma verba “igual à que é despendida anualmente para o Sistema Nacional de Saúde”.
Com Luis Montenegro a afirmar um dos objectivos principais do Governo é assegurara aos cidadãos mais justiça e uma maior equidade, o presidente do PSD de Almada, Nuno Matias, acrescentava que as medidas implementadas têm de ser bem explicadas aos portugueses para que todos se possam aglutinar em torno do projecto reformista do Governo.
Para o também deputado não dúvida sobre a necessidade de “mudar os alicerces do país, mudar os paradigmas, para um estado que deixe respirar, construir”. O compromisso é “mudar um país que estava condenado, resultado de decisões no mínimo discutíveis e no máximo condenáveis”. E se nada for feito “hipotecamos o futuro dos nossos filhos e netos”.