Os deputados do PSD do distrito de Setúbal pediram hoje esclarecimentos ao Governo sobre a "situação caótica" das urgências do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo.
Segundo os deputados do PSD, a situação das urgências levou a que, na passada semana, os utentes fossem encaminhados para outros hospitais.
"Após as notícias de que, no passado mês de dezembro, o Serviço de Urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo esteve com atendimento limitado para situações de grávidas em trabalho de parto, surgem agora novos episódios de encaminhamento de utentes em situação de urgência para outros hospitais", afirmou a deputada Maria das Mercês Borges.
Os sociais-democratas querem que o ministro da Saúde esclareça quais as medidas que foram adotadas para que esta situação não se repita, bem como se existe "um plano de emergência para acautelar novos acontecimentos do género e o respetivo reforço de equipas médicas".
Na ocasião, o Centro Hospitalar Barreiro Montijo confirmou que sofreu alguns constrangimentos que levaram a que alguns utentes fossem encaminhados para outros hospitais.
O Centro Hospitalar explicou que foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) que encaminhasse os utentes muito urgentes para outros hospitais, referindo que a situação se aplicou apenas aos casos muito urgentes transportados em ambulância e que todos os outros que se dirigiram ao Centro Hospital Barreiro-Montijo foram observados.
O deputado do PSD Bruno Vitorino afirmou que estranha que "as comissões de utentes e o PCP não demonstrem nenhuma indignação".
"Anteriormente, por algo muito menos grave do que isto, faziam vigílias e manifestações, pois diziam que era um governo de direita a desmantelar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Agora que a situação é mais grave, remetem-se ao silêncio e já não há comissões de utentes, nem o SNS está em perigo", disse.
Bruno Vitorino alerta também para o "aumento brutal da dívida do Serviço Nacional de Saúde", e exige saber qual o aumento da dívida no Centro Hospitalar.
"As dívidas, ao aumentarem desta forma, vão tornar insustentável a gestão deste hospital, com graves consequências para os doentes", concluiu.