Os deputados do PSD do distrito de Setúbal questionaram hoje o Governo sobre a venda de oito embarcações da empresa Transtejo/Soflusa, mostrando-se preocupados com eventuais implicações que este processo possa ter para os utentes.
Num documento enviado ao Governo, os social-democratas manifestam a sua preocupação pelos eventuais constrangimentos que a venda irá causar aos milhares de passageiros que fazem a travessia entre as duas margens do Tejo.
O deputado Bruno Vitorino defende, na carta enviada ao Governo, que, para muitos utilizadores de vários concelhos da península de Setúbal, este é o único meio de transporte para atravessar o rio, e diz esperar que este processo "não venha pôr em causa as atuais carreiras, principalmente em hora de ponta".
O PCP e o PS do Barreiro já tinham criticado a venda de oito embarcações do grupo Transtejo, mas a empresa garantiu que os barcos são excedentários e que as carreiras não serão afetadas.
"A venda dos oito navios referidos não afetará a atual oferta, a qual está devidamente ajustada à procura. Trata-se de uma venda de navios excedentários, que se encontram parados", referiu fonte oficial do grupo Transtejo.
Segundo a mesma fonte, "nesta fase, não estão previstas quaisquer alterações de carreiras [nem] qualquer redução de meios materiais ou humanos", estando assegurados todos os navios necessários à operação, incluindo dois navios de reserva para cada linha.