A polícia deteve quatro pessoas e apreendeu quase 20 quilos de estupefaciente, entre heroína, cocaína e haxixe, em Rio de Mouro, concelho de Sintra, naquela que é a maior apreensão feita em 2017 na Aérea Metropolitana de Lisboa (AML).
Em conferência de imprensa realizada hoje, o adjunto da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Lisboa, comissário Nelson Ribeiro, disse que a apreensão foi o culminar de uma investigação que durava há cerca de dois meses e representa a "maior apreensão" efetuada este ano pela PSP na AML.
O adjunto da DIC explicou que os nove quilos de heroína, os 5,5 quilogramas de haxixe e os 5,3 quilogramas de cocaína se encontram "em elevado grau de pureza", razão pela qual os 19,8 quilogramas de estupefaciente têm um valor a rondar os 600.000 euros, o qual iria aumentar assim que o estupefaciente fosse transformado e vendido em doses.
Durante a operação, levada a cabo na madrugada de sábado, a PSP apreendeu ainda 46.315 euros, duas viaturas topo de gama, vários telemóveis, duas balanças de precisão, uma picadora, um moinho e diversos utensílios usados na prepararão da droga.
Segundo o comissário Nelson Ribeiro, o produto estupefaciente servia para abastecer a AML, através da venda direta ao consumidor, mas não só.
A investigação vai continuar, para que a polícia perceba a maneira como este grupo se organizava.
A atuação do grupo "passava por alugar veículos, para realizar o transporte do estupefaciente, de forma dissimulada nos componentes dos mesmos. Assim sendo, foi possível constatar que o produto apreendido se encontrava ocultado num dos componentes do veículo, o qual terá sido previamente preparado para ser montado na viatura alugada", acrescenta em comunicado o Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública.
O comissário Nelson Ribeiro explicou que a heroína e a cocaína se encontravam escondidas num depósito utilizado para transportar um líquido que pode ser usado em vez do catalisador do veículo.
O haxixe foi apreendido na residência do principal suspeito ocultado numa geleira.
Os detidos, dois homens e duas mulheres, com idades entre os 17 e os 41 anos, foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo o principal suspeito ficado sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
Os três outros elementos desta rede criminosa ficaram com termo de identidade e residência.
O adjunto da DIC afirmou existir "um grau de parentesco" entre os quatro detidos, mas sem especificar qual.
Todos os detidos têm antecedentes por outro tipo de crimes.