Os antigos armazéns de S. Paulo, em Almada, estão a ser reconvertidos num espaço polivalente dedicado a iniciativas empresariais em várias áreas culturais, moda e novas tecnologias. Para além de dinamizar esta zona antiga da cidade, o Quarteirão das Artes pretende também ser um pólo gerador de emprego. A obra já arrancou e, segundo a vereadora da Administração do Território e Obras, Amélia Pardal, deverá estar concluída dentro de nove meses. O Quarteirão das Artes, na Rua Conde Ferreira, implica um investimento de meio milhão de euros e terá onze áreas equipadas para receber o arranque de novos projectos. Alguns dos espaços vão ter comunicação com o exterior podem assim ser usados como lojas de venda ao público.
“Neste momento está a ser trabalhado o regulamento que vai definir os requisitos para a instalação das novas empresas” no Quarteirão das Artes e quanto tempo vão poder permanecer, refere Fernanda Matos, directora do Departamento de Planeamento Estratégico e Desenvolvimento Económico. O sistema de funcionamento deste espaço deverá ser muito idêntico dos ninhos de empresas promovidos pela autarquia, com estrutura de apoio ao desenvolvimento de iniciativas ‘start-up’. Para os empreendedores que se candidatem a este espaço “está a ser estudado um fundo municipal”.
A restante parte do investimento poderá ser através do IAPMEI e captação junto da banca. Também no âmbito da formação empresarial estão a ser considerados acordos com o IAPMEI, IEFP e da Faculdade de Ciências e Tecnologia. O Quarteirão das Artes insere- se num conjunto de intervenções com financiamento comunitário que têm como objectivo valorizar o centro histórico. Além deste equipamento está também em curso a construção do Museu da Música Filarmónica, o Centro de Interpretação de Almada Velha, a Universidade Sénior de Almada e a consolidação da falésia junto ao Jardim do Rio. Humberto Lameiras