Quorum Ballet dança 'Correr o Fado' na reabertura do cineteatro D. João V

A companhia Quorum Ballet vai apresentar o espetáculo "Correr o Fado" no próximo fim de semana, na reabertura do cineteatro D. João V, na Damaia, após obras de reabilitação do equipamento cultural fechado há mais de dez anos.
 
O espetáculo de inauguração, com coreografia de Daniel Cardoso, está previsto para sábado, dia 05 de setembro, às 21:30, regressando ao renovado cineteatro no domingo, dia 06 de setembro, às 16:00.
 
Localizado no Largo da Igreja, na Damaia, concelho da Amadora, o cineteatro D. João V estava encerrado desde 2001, abrindo apenas pontualmente para algumas iniciativas, e em 2013 foram iniciadas pela autarquia obras de reabilitação para aumentar as valências artísticas do equipamento.
 
Na reabertura, prevista para o próximo fim de semana, atuará o Quorum Ballet, companhia residente nos Recreios da Amadora, com o espetáculo "Correr o Fado" inspirado na expressão musical portuguesa classificada em 2011 Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
 
A coreografia, estreada nesse ano, foi já apresentada em várias digressões da companhia, nomeadamente na China, este ano, e em 2013 em Espanha, Equador, Sérvia, Dinamarca e Tailândia.
 
No cineteatro D. João V já atuaram, entre outros, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, a Companhia de Olga Roriz, o Teatro da Malaposta, a Companhia de Teatro de Almada e o Teatro de Animação de Setúbal
 
Pela sala de espetáculos da Damaia passaram músicos como Bryan Adams, que viveu parte da adolescência em Cascais, mas também Jorge Palma, Dulce Pontes, Rui Veloso, Sérgio Godinho e Carlos do Carmo ou bandas como Resistência e Sétima Legião.
 
As obras no equipamento, num investimento de cerca de dois milhões de euros, preservaram a estrutura do imóvel, mas o projeto permitiu aumentar as valências artísticas do espaço, que passou a ter condições para receber conferências.
 
A inauguração do antigo cinema D. João V remonta a agosto de 1966, quando era propriedade da família Caneças, a partir de um projeto do arquiteto Luís Soares Branco, na atual freguesia de Águas Livres.
 
O imóvel foi adquirido pela autarquia em 1990, durante a gestão CDU, passando a funcionar como sala polivalente, e reabriu seis anos mais tarde como cineteatro municipal, após obras de adaptação, que o dotaram de palco, teia e camarins.
 
O projeto respeitou a estrutura da sala, acrescentando uma pala na entrada do edifício, mas manteve a escadaria de acesso ao bar, com o restauro de um painel do escultor Domingos Soares Branco.
 
As principais alterações residiram no auditório, com a renovação de todo o interior e um ligeiro avanço do palco, para instalação de quatro camarins (dois coletivos e dois individuais), além de uma sala de espera polivalente, para apoio aos artistas.
 
A programação do renovado cineteatro D. João V, segundo a autarquia, será articulada com a oferta cultural no concelho, incluindo dos Recreios da Amadora, outro antigo cinema recuperado como espaço cultural para a Amadora.