Rede de transportes abre ciclo de debates do PS de Almada

No concelho de Almada “tomaram-se opções e realizaram-se investimentos errados. Não se pode voltar atrás, mas é possível dar coerência e rentabilidade a projectos que implicaram dinheiros públicos”. Joaquim Barbosa, candidato do PS à Câmara de Almada, abria assim o ciclo do “Fórum Almada Tem ideias” que, em cinco iniciativas, irá debater com a população temas que os socialistas avaliam como vitais para o desenvolvimento do concelho.

“Optimizar, racionalizar e requalificar” são directrizes chave apontadas pelo candidato socialista, que se compromete como presidente da Câmara de Almada “a resolver em primeiro lugar os problemas imediatos das populações”. Um deles passa pela reorganização dos transportes colectivos, tema do primeiro debate que irá contribuir para o programa do PS Plataforma Almada tem Força.

Convidado para o debate, realizado ontem dia 14 de Março, Carlos Correia, um dos técnicos que participou na primeira fase do projecto do Metro Sul do Tejo e primeiro presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes, frisou que o crescimento demográfico no concelho não foi homogéneo e não teve a devida resposta da rede de transportes. “Continuamos a ter um excesso de concentração de oferta na área da grande cidade com o metro a concorrer com os autocarros dos TST”, enquanto nas freguesias fora deste perímetro urbano “as pessoas não têm transportes que lhes garantam boa mobilidade para acederem a serviços, escolas e local de trabalho”.

A falta de integração do Metro Sul do Tejo na rede do passe social, controlo do sistema tarifário e abertura do nó de Corroios à auto-estrada para libertar a afluência de tráfego no Centro Sul, foram questões também em cima da mesa e que serão ponderadas no âmbito do programa socialista a apresentar à população de Almada nas autárquicas.

Para além da optimização da mobilidade interna no concelho, Joaquim Barbosa elege ainda a qualificação da rede de transportes para dotar Almada de mais atracção empresarial, mais incremento do pólo universitário da Caparica e também mais desenvolvimento turístico. Um trabalho que o candidato reconhece que tem de envolver uma grande base de diálogo com os operadores de transportes.

“Hoje temos o centro de Almada morto por um mau planeamento de mobilidade, temos a Costa da Caparica sem resposta de transportes para uma zona turística – o MST tem de lá chegar – e quem reside na Charneca de Caparica, Caparica, Sobreda e Trafaria quase não tem transportes”, aponta o candidato socialista.

Os próximos debates no âmbito do “Fórum Almada tem ideias” realizam-se a 20 de Março, sobre a Coesão Social, a 6 de Abril sobre o sector do turismo, a 17 de Abril sobre Desenvolvimento e Educação e a 27 de Abril o tema será a Segurança e Qualidade de Vida.