As buscas para encontrar os cinco pescadores da embarcação que naufragou ao largo da praia das Maçãs, no litoral de Sintra, foram retomadas cerca das 08:00, disse o comandante Mário Domingues, da Capitania do porto de Cascais.
“Já estamos reposicionados com a corveta ‘Batista de Andrade’, que já está na área de operações, vamos ter o helicóptero da Proteção Civil às 09:00 e temos em terra elementos dos bombeiros Voluntários de Colares, da Proteção Civil de Sintra e da Polícia Marítima nas praias e arribas”, disse à agência Lusa o comandante Mário Domingues.
De acordo com o mesmo responsável, o estado do tempo está hoje pior do que na quarta-feira, verificando-se uma forte agitação marítima na zona, o que está a dificultar as buscas.
“Acho que, por causa da forte agitação marítima, os corpos devem estar presos em algumas arribas, enseadas ou grutas, devem estar a ser empurrados pelas condições do mar que se verificam. Por isso, duvido que possamos ter resultados positivos no dia e hoje e amanhã [sábado]”, adiantou.
Na quarta-feira, o mau tempo condicionou as buscas pelos cinco pescadores da embarcação que naufragou ao largo da praia das Maçãs, em Sintra.
As autoridades foram alertadas cerca das 03:10 de quarta-feira passada para o naufrágio da embarcação de pesca 'Santa Maria dos Anjos' - com cerca de 11 metros, registada em Olhão, mas pertencente a um armador do norte do país -, ao largo da praia das Maçãs, com seis pescadores a bordo.
Um pescador luso-francês, de 26 anos, conseguiu nadar para terra agarrado a uma boia e subiu a arriba na zona do Mindelo, perto da praia das Maçãs, batendo à porta de habitações a pedir socorro, até ser encontrado pelo guarda-noturno, alertado por uma moradora.
Apesar de o sobrevivente ter relatado que viu outros dois pescadores agarrados a uma balsa, durante o dia, os meios terrestres, marítimos e aéreos não detetaram vestígios dos outros cinco ocupantes da embarcação, que tinha largado de Peniche com destino a Cascais para a pesca do linguado.
Durante o dia de quarta-feira foram dando à costa destroços e materiais relacionados com a embarcação e "foi detetada uma mancha de gasóleo no mar, a cerca de uma milha, perto das Azenhas do Mar".
Dos cinco pescadores que ainda não foram localizados, com idades entre os 27 e os 51 anos, três são naturais da Póvoa de Varzim, um de Vila do Conde e um outro é o cidadão ucraniano, todos residentes nas Caxinas, uma localidade entre aquelas duas cidades e que alberga uma das maiores comunidades piscatórias do país.