Rivais querem adiantar-se na luta pelo título mundial no Cascais Women’s Pro de surf

As candidatas ao título mundial de surf feminino, Sally Fitzgibbons, Carissa Moore e Tyler Wright, prometem empenho na "luta" no Cascais Women's Pro, nona e penúltima etapa do circuito.
As três estiveram presentes na conferência de imprensa de apresentação da competição cascalense, cujo período de espera decorre entre quarta-feira e 07 de outubro, ao contrário da australiana Stephanie Gilmore, atual terceira no "ranking" e campeã do Mundo em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2012, que vai defrontar a australiana Laura Enever e a neo-zelandesa Paige Hareb, no quinto "heat".
"Estar na liderança é uma vantagem, mas continua a ser muito difícil e, por isso, quero vencer os próximos dois campeonatos. Depois de seis anos no circuito, acho que estou preparada para vencer, mas não acho que seja favorita, penso que sou uma ‘outsider’ perante a Stephanie e a Carissa", afirmou australiana Sally Fitzgibbons, líder do "ranking" mundial.
Fitzgibbons vai estrear-se no terceiro "heat" da competição frente à havaiana Coco Ho e à portuguesa Teresa Bonvalot, que elogiou: "É um prazer competir com a referência local, lembro-me dela muito nova e agora vê-la a fazer o caminho para o topo, acho que vai ser uma adversária difícil".
A também australiana Tyler Wright, segunda do "ranking", recusou assumir-se como favorita à vitória na competição, assumindo que o título mundial "não é uma grande prioridade".
"Eu não sou favorita, mas também não sei qual será. Tento não tomar muita atenção ao ‘ranking’, porque quero surfar bem, divertir-me e aproveitar ao máximo", referiu Wright, que vai defrontar a norte-americana Courtney Conlogue e a havaiana Alana Blanchard, no quarto "heat".
A havaiana Carissa Moore, atual quarta na hierarquia, que vai enfrentar a compatriota Alessa Quizon e a australiana Dimity Stoyle, na segunda bateria da competição, realçou as "boas energias" que sente em Portugal, onde assegurou o título do ano passado.
"Estou numa pior posição agora, mas a pressão é igual, porque tenho de vencer para me chegar à frente. Também quero tentar distrair-me e conseguir um bom equilíbrio entre o stresse de vencer e a diversão de surfar o melhor possível", referiu a campeã do Mundo em 2011 e 2013.
Questionada sobre qual das quatro candidatas é a favorita a vencer o título mundial, Carissa Moore não foi conclusiva: "Gostava que fosse eu, mas estou em quarto lugar. Tenho de tentar vencer e surfar bem. Sinceramente, acho que vai vencer a que estiver mais tranquila e conseguir o melhor desempenho".
Quando faltam dois campeonatos para o fim do circuito, Fitzgibbons, Wright, Gilmore e Moore estão separadas por menos de 3.000 pontos, sendo que cada triunfo vale 10.000.
Na conferência de imprensa de apresentação do Cascais Women's Pro, a "wild-card" Teresa Bonvalot, de 14 anos, recusou sentir pressão por ser a única representante lusa na prova, admitindo alguma ansiedade: "Porque quero chegar a este patamar quando for mais velha".
O presidente da Câmara Municipal de Cascais aproveitou para realçar a importância das praias de Carcavelos e Guincho acolherem este campeonato, congregando vantagens para o concelho e para a região.
"Para nós é uma entrega de amor e interesse, da paixão que temos pelo mar, pelos desportos náuticos, e de interesse por algo que é mais do que uma prova desportiva, com a vertente social, económica e ambiental", afirmou Carlos Carreiras.