A unidade de cuidados continuados e paliativos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) em Cascais, inaugurada hoje, vai apoiar 75 pessoas com dependências físicas e doenças de longa duração, segundo uma administradora do organismo.
"É um projeto que é ambicionado desde 2004 para dar acolhimento a grandes dependentes físicos e doentes de grande duração. Tem quatro pisos, 70 quartos e 75 camas", disse à Agência Lusa a administradora da SCML com o pelouro da Saúde, Helena Lopes da Costa.
Ao nível dos cuidados paliativos, a população alvo abrange ainda, segundo a administradora, doentes com "prognóstico de vida limitada", com "sofrimento físico e psíquico muito grandes e problemas e necessidades complexas".
Com a inauguração, e depois de ultimar os últimos regulamentos com a Entidade Reguladora da Saúde, Helena Lopes da Costa acredita que a unidade vai ter "casa cheia", dada a "necessidade de camas" nesta área de prestação de cuidados de saúde.
"Há muita falta de camas para cuidados continuados e paliativos em Lisboa, há grandes listas de espera. Em Portugal, com o crescimento da idade média de vida mas com algumas doenças, surgem problemas e muita gente não tem suporte familiar para ajudar e têm de recorrer a este tipo de apoios", disse Helena Lopes da Costa.
Para a administradora, esta unidade é de "extrema importância", uma vez que poderá prestar serviços de também a pessoas que vivem isoladas e "com elevados graus de dependência" na capital e que, assim, poderão receber um acompanhamento mais próximo.
Com um investimento de cerca de nove milhões de euros, a construção da unidade foi concluída oito anos depois de ter sido pensada inicialmente, em 2004, por Maria José Nogueira Pinto, quando era provedora da SCML. Por isso, a unidade recebe o nome da ex-provedora, falecida há um ano com cancro no pâncreas.
A unidade vai trabalhar em sinergia com as duas outras unidades de saúde da SCML - Hospital Ortopédico de Sant'Ana e Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão.