SATU de Oeiras pode chegar a Sintra com fundos comunitários

O investimento necessário para a extensão da ligação do Sistema Automático de Transporte Urbanos (SATU) de Oeiras até ao Cacém, em Sintra, pode vir a ser financiado por fundos comunitários, informou à Lusa fonte da empresa.
A proposta é criticada pela oposição na câmara, que não considera o investimento prioritário.
"Neste momento, está a ser analisada pela empresa e pelos municípios de Sintra e Oeiras a necessária engenharia financeira para fazer frente a este investimento que, entre outras fontes de financiamento possíveis, poderá vir a contar com a atribuição de fundos comunitários", refere o gabinete de comunicação do SATU, empresa que gere o metro de superfície não tripulado do concelho.
Numa nota escrita enviada à Lusa, a mesma fonte esclarece também que "as verbas necessárias para o investimento se encontram em fase de análise e apreciação" e "já foram entregues às entidades competentes", desconhecendo-se ainda os valores finais necessários.
Além disso, a empresa sublinha que a ligação Algés - Cacém, que irá interligar as linhas férreas de Sintra e Cascais, integra o projecto de expansão do SATU "perspectivado desde há várias décadas".
A mais-valia desta obra, acrescenta, está relacionada com os parques empresariais do Lagoas Park e do Taguspark, onde trabalham mais de 16.000 pessoas, que passarão a ser servidos por este sistema, bem como os pólos universitários do Instituto Superior Técnico e da Universidade Católica, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e os aglomerados populacionais de Paço de Arcos, Porto Salvo, São Marcos, Cacém.
"Este corredor (Oeiras-Sintra) encontra-se deficientemente servido de transportes públicos colectivos, vindo o sistema SATU disponibilizar, com a concretização desta ligação, um sistema de transporte que prestará um verdadeiro serviço social a todos os habitantes residentes nestes dois concelhos e a todos os não-residentes que diariamente circulem no mesmo", sustenta.
No actual trajecto de cerca de 1,2 quilómetros entre Paço de Arcos e o Oeiras Parque, o SATU registou uma média diária de 550 passageiros.
Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2010, conhecido em Fevereiro deste ano, o SATU Oeiras é a segunda empresa municipal com piores resultados económicos em 2010, com 2,9 milhões de euros de prejuízo.