Seixal reclama soluções para problemas ambientais do concelho

A Câmara Municipal do Seixal exigiu hoje a resolução urgente dos problemas ambientais do concelho, que passam pela contaminação dos solos por hidrocarbonetos e por problemas de controlo da qualidade do ar.
A autarquia informou que o presidente da Câmara, Joaquim Santos (PCP), reuniu com o secretário de estado do Ambiente, Paulo Lemos, para expor os problemas e procurar soluções.
"O objetivo foi analisar os problemas de controlo da qualidade do ar em Paio Pires e no concelho e a contaminação dos solos por hidrocarbonetos, passivo ambiental que se arrasta há mais de uma década", segundo um comunicado da Câmara Municipal.
Segundo o documento, o secretário de Estado do Ambiente terá assegurado que irão ser diligenciadas medidas para a "urgente reparação" da única estação de medição da qualidade do ar localizada em Paio Pires.
Em relação ao problema que afeta as populações da zona envolvente à Siderurgia Nacional, a Câmara Municipal do Seixal propôs a criação urgente de um grupo de trabalho constituído por técnicos da autarquia, Agência Portuguesa de Ambiente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e Ministério da Economia, para avaliar os impactos da poluição das indústrias situadas no local.
Um dos passivos que mais preocupa a autarquia é a contaminação de solos proveniente da deposição de materiais tóxicos e hidrocarbonetos, que se encontram nos antigos areeiros em Vale de Milhaços e em Sta. Marta do Pinhal, os terrenos da SPEL e o poço do Talaminho.
"Foram avaliadas as oportunidades de cofinanciamento ao abrigo do próximo quadro comunitário, assim como possíveis modelos para a intervenção em parceria entre os setores público e privado, na recuperação destas zonas", acrescenta o comunicado.
Ficou agendada uma reunião no Seixal, com deslocação aos locais contaminados de uma equipa da Agência Portuguesa de Ambiente, para o dia 21 de outubro.