O Tribunal de Lisboa Oeste condenou hoje a 17 anos e seis meses de prisão efetiva o suspeito do homicídio de uma professora encontrada morta na praia da Aguda, Sintra, mas a defesa pretende que o julgamento seja repetido.
O coletivo de juízes condenou Hugo Sousa a 15 anos de prisão por um crime de homicídio, quatro anos por roubo e dois anos e seis meses por burla informática, fixando a pena no cúmulo jurídico de 17 anos e seis meses.
O acórdão resumido pelo juiz presidente Paulo Cunha condenou ainda o arguido no pagamento de uma indemnização de perto de 120 mil euros, dos quais 115 mil por danos não patrimoniais, à filha de Delmira Claro, de 53 anos, encontrada sem vida na praia da Aguda a 01 de abril de 2013.
O advogado do arguido, Hélder Fráguas, considerou que o arguido não dispôs "das mesmas armas" que o Ministério Público para provar a sua inocência e anunciou que vai recorrer e pedir que o julgamento seja repetido.
Para o advogado da assistente, Jaime Claro Ribeiro, a decisão vem pôr um ponto final "na angústia" da filha da vítima.
Delmira Claro foi encontrada sem vida na praia da Aguda, despida da cintura para baixo e sem documentos, sendo reconhecida dias depois pela filha no Instituto de Medicina Legal de Lisboa.
O suspeito do homicídio, residente no Cacém, foi detido a 18 de abril, pela Polícia Judiciária, na posse do carro da professora e de outros bens, como chaves e cartões bancários.