Sintra: Três mil processos de menores em risco

As duas comissões de protecção de crianças e jovens do concelho de Sintra deram resposta, no ano passado, a 3074 processos de menores em risco. Um ligeiro decréscimo em relação a 2010, menos 67 casos, mas que não faz descansar as suas responsáveis. As realidades até são divergentes: enquanto em Sintra Ocidental, que abrange Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Vila de Sintra e a zona rural (11 freguesias), houve um decréscimo de 1576 para 1427 processos (menos 149 casos); Sintra Oriental, que engloba nove freguesias urbanas, registou uma subida de 1565 para 1647 (mais 82 casos), sendo mesmo a comissão com mais processos a nível nacional.
A negligência e a exposição a modelos de comportamentos desviantes continuam a liderar as situações, em muitos dos casos em resultado do conflito parental que acabam por penalizar os filhos. O absentismo e abandono escolar é outra das preocupações no concelho, sendo as escolas, aliás, uma das principais entidades sinalizadoras de casos, em conjunto com as forças de segurança e as unidades de saúde. Além de casos de crianças dos zero aos dois anos, há um volume significativo de processos instaurados dos 11 aos 14 anos, idade em que começam a assumir comportamentos mais agressivos nos estabelecimentos de ensino.