SINTRA: Eléctrico vai voltar aos carris

Ainda este Verão, o centenário eléctrico de Sintra deverá voltar aos carris, mas o seu regresso está dependente da realização de obras na linha que liga a Estefânea, em Sintra, à Praia das Maçãs. Em causa está o furto de cabos e peças em cobre, entre a Ribeira de Sintra e Galamares, que impedem o regresso da típica viagem ‘entre a Serra e o Mar’. Para trás ficou, também, a reparação dos efeitos do mau tempo no Inverno, na zona de Monte Santos, após a queda de uma árvore sobre uma cantenária.
"Acreditamos que o eléctrico voltará a funcionar até ao final do mês de Julho", revelou Marco Almeida ao JR. O vice-presidente da autarquia salienta que já avançaram os procedimentos necessários para a reparação da linha, através do lançamento de duas empreitadas. A primeira foi adjudicada por ajuste directo, com um prazo de execução de dez dias, num investimento de 12 500 euros. O material necessário, proveniente de França, já estará disponível e estão reunidas as condições para avançar com a obra, segundo o vice-presidente da Câmara de Sintra.
Concluída esta empreitada, o eléctrico poderá voltar a circular, embora esteja sujeito a ensaios de segurança até poder receber os inúmeros visitantes e munícipes que não dispensam este regresso ao passado e já se queixam da falta do chiar dos rodados nos carris. "O eléctrico só funcionará depois de cumpridos todos os requisitos de segurança", salienta Marco Almeida, que expressa a convicção de que, até ao final do mês, será possível "concretizar tudo, não só a reposição dos cabos e de outras peças e os testes de segurança".
Para que tudo volte à normalidade nos carris, a Câmara de Sintra já lançou uma outra empreitada, de manutenção da via e da rede aérea em toda a extensão da linha, por um período de seis meses e um custo de 130 mil euros. No entanto, este concurso terá sido alvo de impugnação por parte de um concorrente que, a concretizar-se, poderá atrasar todo o processo e inviabilizar o regresso do eléctrico aos carris.
Sobre os furtos de peças de cobre, que ocorreu por duas vezes numa extensão de cerca de 400 metros, Marco Almeida acentua que, "dada a extensão da linha, é difícil garantir que o mesmo não volte a acontecer, mas temos solicitado à GNR que redobre a atenção".