Sintra quer mais farmácias de turno

O município de Sintra emitiu parecer negativo ao mapa de turnos das farmácias para o próximo ano, que contemplava quatro estabelecimentos em serviço permanente. O executivo camarário considera que o concelho deveria ser servido, pelo menos, por cinco farmácias, atendendo à densidade populacional, mas, mais do que isso, ser tida em conta a realidade geográfica. "A proposta é baseada num critério populacional, que estabelece uma farmácia de turno por cada 60 a 100 mil habitantes", revela Pedro Ventura, vereador responsável pela Licenciamento de Actividades Económicas, que viu aprovada por unanimidade a proposta de emissão de parecer negativo.
A proposta de quatro farmácias de turno, apresentada pela Associação Nacional de Farmácias e encaminhada pela Administração Regional de Saúde para parecer, "é verdadeiramente insustentável, dada a dimensão do concelho, e a impossibilidade de um utente ter de fazer quilómetros para aceder a uma farmácia de turno".
Para o autarca da CDU, "os grandes núcleos urbanos têm de ser atendidos, casos de Algueirão-Mem Martins, Agualva-Cacém e Queluz, e depois tem de se ter em conta as outras realidades como São João das Lampas, Almargem do Bispo e a zona entre Montelavar e Pero Pinheiro e o próprio Centro Histórico".
A proposta apresentada contempla uma farmácia nos principais centros urbanos e a quarta na Vila de Sintra. Neste último caso, por exemplo, adverte Pedro Ventura, os critérios definidos não têm em conta que "as freguesias de São Pedro de Penaferrim, Santa Maria e São Miguel e São Martinho têm o tamanho do concelho de Lisboa" e que outras freguesias, como São João das Lampas e Almargem do Bispo, são dispersas em termos de território.