O município de Sintra vai criar uma equipa de intervenção de rua de apoio aos sem-abrigo e camas de emergência social para famílias carenciadas, desalojadas ou em risco de perder alojamento.
Este é um projecto de colaboração entre a Câmara de Sintra, o Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e a VITAE - Associação de Solidariedade e Desenvolvimento Internacional.
Em declarações à agência Lusa, a vereadora da Câmara de Sintra com o pelouro da Acção Social, Paula Simões, disse que este é um projecto que tem duas vertentes: uma destinada a apoiar e reintegrar os sem-abrigo e outra a recolher famílias sem alojamento.
"Este é um projecto complementar de apoio extra ao que a Segurança Social faz. As Irmãs Hospitaleiras garantem cinco camas a pessoas que se podem ver privadas das suas casas. Não é só um abrigo temporário, porque vai-se trabalhar na recuperação de projectos de vidas das pessoas", disse.
De acordo com Paula Simões, esta resposta assegurará apoio social, psicológico, jurídico, actividades ocupacionais, formativas e pedagógicas, tendo como objectivo a reinserção socioprofissional dos utilizadores.
A vereadora adiantou que a câmara está a negociar com a Segurança Social a criação de mais quarenta camas destinadas a famílias desalojadas ou que se encontrem em risco de perder as suas habitações.
O projecto será da responsabilidade técnica da VITAE, associação que tem vindo a desenvolver trabalho no concelho de Sintra na área da toxicodependência, mais concretamente na área da redução de riscos e minimização de danos, e irá funcionar na Casa de Saúde da Idanha.
Segundo a vereadora, em ano de crise tem aumentado o número de pedidos de apoio à câmara para pagamento de rendas, água, luz ou electricidade ou até mesmo para aquisição de equipamento como óculos.
Desta forma, o município tem a funcionar um programa que visa atribuir até 800 euros por ano a famílias carenciadas ou pessoas isoladas, que ajuda a pagar essas despesas.