Basílio Horta, candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara de Sintra, apresentou ontem aos jornalistas algumas das linhas fundamentais do seu programa eleitoral. Acção social e revitalização da economia local são palavras-chave no discurso do deputado que promete fazer uma campanha ponderada em termos de custos.
Basílio Horta garante que “Sintra vai ser pioneira na elaboração de um plano de reindustrialização”, de modo “a cativar novos investimentos para o concelho” e a “apoiar as empresas aqui sediadas, evitando que estas abandonem Sintra” rumo a outras paragens.
“A minha primeira preocupação é manter e apoiar quem cá está. Mas, a Câmara de Sintra terá de ser um aliado dos empresários e não um obstáculo. Nesse sentido, pretendo criar um Gabinete de Apoio ao Investidor para facilitar, apoiar e incentivar a fixação em Sintra de novas empresas criadoras de postos de trabalho. A Câmara dará todas as facilidades, ao nível do licenciamento e da fiscalidade municipal, através de contratos de investimento”, anunciou.
Por outro lado, o fundador e antigo dirigente do CDS, mostra-se “bastante preocupado” com a situação “difícil” de muitas famílias no concelho e diz que uma das suas primeiras medidas será a da criação de uma espécie de banco alimentar, em estreita colaboração com as instituições de apoio social e com as empresas de distribuição alimentar instaladas no concelho. “Temos de dar comida a quem precisa e, infelizmente, há muita gente a passar mal. O drama do desemprego está a sentir-se aqui de forma muito preocupante. A Câmara terá de apostar muito no apoio social, porque a situação das pessoas é dramática. Vamos criar um Fundo de Solidariedade Social, com base em verbas resultantes da diminuição das despesas correntes”, acrescentou.
No mesmo âmbito, Basílio Horta enalteceu o programa de fornecimento de refeições nas escolas já posto em prática pela autarquia, mas admite que o mesmo possa ser “alargado a uma segunda refeição” e articulado com uma alteração dos horários escolares.
O candidato revelou ainda estar “muito empenhado” nesta candidatura que, segundo diz, “marcará o final” da sua carreira política. “Vim para Sintra por opção própria e quero acabar aqui a minha carreira política”, salientou.
Durante este encontro com os jornalistas, Basílio Horta recusou sempre qualquer comentário ou crítica directa à actual gestão da autarquia liderada por Fernando Seara, bem como aos seus adversários nas próximas eleições autárquicas.