Situação social do concelho de Sintra marca discurso de posse de Basílio Horta

O novo presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, garantiu no seu discurso de tomada de posse que pretende combater o desemprego, adiantando que tudo fará para que os sintrenses sejam poupados ao "vendaval de pobreza" que afecta o país.

"O primeiro objectivo do nosso mandato é o combate ao desemprego, que só pode ser travado essencialmente através do investimento privado. Tudo faremos, no limite das nossas competências e capacidades, para que os sintrenses e as suas famílias sejam poupados, na medida do possível, ao vendaval de pobreza que assola Portugal", disse Basílio Horta, independente eleito pelo PS.

O novo presidente da câmara discursava durante a cerimónia de tomada de posse do novo executivo, que decorreu no Centro Cultural Olga Cadaval, na qual foi ainda eleito o socialista Domingos Quintas como presidente da mesa da Assembleia Municipal de Sintra.

Segundo Basílio Horta, co-fundador do CDS-PP e deputado independente eleito pelo PS, o novo executivo municipal compromete-se a "criar um ambiente propício ao investimento empresarial, capaz de manter e aumentar o já existente e de atrair novo investimento" que crie empregos no concelho.

Basílio Horta referiu que pretende criar quer um centro estratégico empresarial que agregue empresas e indústria, bem como representantes de duas centrais sindicais, quer uma incubadora de empresas vocacionada para o empreendedorismo jovem.

O novo autarca destacou ainda a criação de um gabinete de emergência social destinado a apoiar casos identificados de "extrema pobreza" e consequentes carências alimentares e habitacionais.

O presidente eleito pelo PS - que hoje contou com as presenças do social-democrata Fernando Seara, presidente cessante, mas também de Diogo Freitas do Amaral, co-fundador do CDS-PP - acrescentou que tem como prioridade a instalação de creches, centros de dia e apoios domiciliários no concelho.

Basílio Horta saudou ainda o acordo para a atribuição de pelouros alcançado com a CDU e o PSD, que garantirá a maioria de vereadores no executivo municipal.

Durante a cerimónia, António Capucho, eleito da assembleia municipal pelo movimento Sintrenses com Marco Almeida, afirmou que "muitas" pessoas ficaram surpreendidas com o acordo de vereação anunciado hoje e que deixou de fora o movimento de independentes.

"Assumiremos através dos quatro vereadores e na assembleia municipal todas as nossas responsabilidades enquanto oposição construtiva e colaborante em tudo o que merecer o nosso apoio", disse o antigo presidente da Câmara de Cascais, co-fundador do PSD.

A tomada de posse do novo executivo foi presidida por Ângelo Correia, presidente cessante da assembleia municipal, que afirmou ser "certamente a última cerimónia" da sua vida política.