Socialista Joaquim Barbosa promete gerir Almada ao lado da população

Foi com um “Viva Almada” que o candidato socialista à Câmara Municipal, Joaquim Barbosa, terminou o discurso de apresentação das principais linhas do seu programa construído a “ouvir as pessoas nas ruas”. Este “é um programa participado e que representa um compromisso firme de todos os candidatos do PS”, disse.

Para Joaquim Barbosa a gestão da Câmara de Almada tem de mudar de paradigma e voltar-se para as pessoas. Resolver “os pequenos grandes problemas” que afectam as famílias, particularmente as mais carenciadas, garantir a escola a tempo inteiro e implementar uma efectiva rede de apoio a idosos, dependentes e seus cuidadores.

O desenvolvimento do concelho não se compadece, assim, com uma política de “imobilismo de quem usa a crise simplesmente para alimentar descontentamento e ter capital de queixa”. Joaquim Barbosa afirma-se como oposição à actual política de direita, mas garante: “Não vou limitar-me a criticar o Governo e a Troika (…) vou concentrar esforços na mobilização dos serviços da autarquia, das instituições sociais e do movimento associativo para combater a crise”.

A estratégia anunciada pelo homem que afirma estar “preparado” para ser presidente da Câmara de Almada, pretende dar maior élan ao saber gerado pelo pólo de ensino superior instalado em Almada, aproveitar o potencial turístico do concelho e ainda afirmar “uma visão estratégica de desenvolvimento integrado nas duas margens do Tejo”. Aquilo a que chama uma “verdadeira parceria entre cidades iguais que ajude a impulsionar a economia local”.

Considera que este será um dos caminhos para criar mais postos de trabalho, revitalizar o comércio local e, numa visão mais alargada, pôr em marcha grandes projectos como o Arco Ribeirinho, impulsionar definitivamente o programa Polis e reabilitar a frente de rio do Ginjal. Fora de questão está a construção do terminal de contentores da Trafaria. “Seria pôr um fim ao potencial turístico do concelho”, frisa.

Incondicional também na estratégia dos socialistas é alterar o peso do IMI que a população do concelho carrega, apontando directamente culpas à gestão comunista da Câmara de Almada. “O PS propôs baixar o IMI em função do agravamento deste imposto, decorrente das brutais reavaliações feitas pelos serviços de finanças e do excepcional contexto de crise em que vivemos”. Mas, “na Assembleia Municipal, esta proposta foi chumbada pelos votos contra dos comunistas”.

Outra das acções que garante não escapar à sua gestão em Almada é a actuação da ECALMA. Para o candidato socialista o problema não está na empresa municipal, mas sim na orientação que lhe está a ser dada. Esta empresa “actua com pendor mais punitivo e menos pedagógico, menos regulador”, e isto porque “procura maximizar as suas receitas através de um despropositado, injusto e até persecutório sistema de aplicação de multas”.

Com a melhoria das políticas sociais na primeira linha do seu programa, Joaquim Barbosa compromete-se a gerir as finanças da câmara não “para gabar-se de boas contas”, mas para garantir que “o dinheiro dos contribuintes está ao serviço dos cidadãos”. “Os apoios do município não são esmolas nem favores”. E acrescenta: “Não quero gente de mão estendida, não quero cortejos de agradecimentos e, muito menos, cerimónias de beija-mão de entrega de cheques”.