O Conselho Português de Ressuscitação (CRP) vai ensinar as técnicas de Suporte Básico de Vida a polícias, nas escolas e até em comboios, em iniciativas agendadas para segunda-feira no âmbito do Dia Europeu do Restart a Heart.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o CRP informa que as iniciativas estão previstas para Porto, Torres Novas, Lisboa, Cascais, Évora e Funchal, decorrendo sob o lema "A comunidade salva vidas".
Representante em Portugal do European Resuscitation Council, o CRP participa no esforço de "consciencialização das pessoas para a problemática da paragem cardíaca", numa iniciativa que tem o apoio do Parlamento Europeu.
Anualmente, "milhares de homens e mulheres colapsam e morrem de enfarte do miocárdio" na Europa, lembra o CRP, frisando que tal poderia "ser evitado se os serviços de emergência fossem ativados de imediato e a reanimação cardiopulmonar iniciada imediatamente".
“Uma rápida e coordenada resposta da comunidade é a chave para o aumento da taxa de sobrevivência nas paragens cardiorrespiratórias que ocorrem fora do hospital", alerta a associação sediada no Porto.
A distribuição das iniciativas de segunda-feira pelas várias cidades permite também um âmbito mais alargado de alvos, sendo que em Lisboa estão previstas formações em massa de Suporte Básico de Vida no Centro Hospitalar Lisboa Central (Hospital D. Estefânia), tendo como destinatários os agentes do Comando Metropolitano de Lisboa.
No jardim interior do Hospital da Luz, as formações não terão público-alvo específico, mas todas as pessoas que se dirijam aquela unidade.
Nos comboios, haverá ações para os próprios passageiros, enquanto em Cascais, na Escola dos Salesianos de Manique, a formação dirige-se a alunos, pais, professores e outros convidados de escolas do concelho e da Câmara Municipal.
Em Torres Novas, Abrantes e Tomar as iniciativas distribuem-se por três escolas secundárias, com o apoio do Centro Hospitalar Médio Tejo, para cerca de 300 crianças.
Em Évora, o núcleo de formação da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus fará uma ação em frente à Câmara Municipal e tendo por público-alvo funcionários municipais até um máximo de 100.
No Funchal, um grupo de instrutores vai procurar ensinar transeuntes enquanto no Porto se farão também formações em massa na estação de metro da Trindade.