Teatro Municipal Amélia Rey-Colaço em Algés reabre após quatro anos de obras

O Teatro Municipal Amélia Rey-Colaço (TMARC), em Algés, concelho de Oeiras, reabre ao público nesta quinta-feira, com a antestreia da peça “Loucos Por Amor”, de Sam Shepard, pondo fim a quatro anos de encerramento.
O TMRC, com capacidade para 75 pessoas, é propriedade da Câmara de Oeiras e encerrou “devido a problemas com infiltrações, que obrigaram a proceder a obras de requalificação”, disse à Lusa Tiago Fernandes, diretor executivo da Companhia de Actores (CDA), a quem foi entregue a ocupação artística do espaço.
Fernandes referiu ainda que foi necessário, durante esse período, “tratar de processos como o de renovação de licenças e alvarás, e só agora foi possível reiniciar as atividades”.
“Navalha na carne”, de Plínio Marcos, encenada por António Terra, foi a última peça apresentada no teatro, que se localiza rua Eduardo Augusto Pedroso, em Algés, levada à cena em 2004, pela CDA.
“Loucos Por Amor”, peça encenada por Carolina Abrantes, é uma produção de Gerador Teatro, um grupo formado por jovens atores profissionais que a CDA acolhe na reabertura da sala. A interpretação está a cargo de Andreya Silva, Carol Vieira, Ruben Guerreiro e Tiago Fernandes.
No domingo, às 16:00, tem estreia marcada a peça “O Futuro é Agora”, de Hugo Barreiros, vocacionada para o público infantil, numa produção da CDA. A peça estará em cena até ao dia 28 de abril. 
“Além de peças, a programação anual da CDA para o TMARC apresenta mais projetos, como a oferta formativa: os Clubes de Teatro para todas as idades - Clube de Teatro Júnior, Jovem e Sénior -, assim como a oficina Teatro é Alegria”, disse Tiago Fernandes à Lusa.
O responsável salientou ainda “a componente de intervenção social da CDA", que se "mantém ativa através do Projeto Ampliarte – Cultura e Intervenção Social, que foi premiado pela Fundação Gulbenkian”.
A CDA foi fundada em 2004 e é dirigida artisticamente por António Terra. Trata-se de um grupo de teatro e associação cultural, que envolve dez associados diretos, disse Tiago Fernandes.
A companhia realiza a MITO – Mostra Internacional de Teatro de Oeiras, projeto que já recebeu a Medalha Municipal de Mérito – Grau Prata –, da Câmara de Oeiras, em 2010, e o Prémio Boas Práticas Autárquicas, da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2008, além do Prémio de Mérito “Sorrir na Educação”.