O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) denunciou as “más condições dos balneários” do estaleiro municipal nos Moinhos da Funcheira, em parte admitidas pela Câmara da Amadora, que promete construir um novo edifício.
Segundo adianta o STAL em comunicado, os trabalhadores reivindicam “melhorias das condições de segurança, saúde e higiene” nos balneários do estaleiro, que serve como parque e de local de manutenção de viaturas de recolha de resíduos urbanos.
Entre os problemas apontados pelo sindicato estão a “ausência de água quente para os duches”, a “presença de baratas”, “fossas que entopem constantemente, libertando o conteúdo”, o “ar condicionado avariado”, sujidade, materiais degradados e “espaço de circulação reduzido para a muda de roupa”.
“Não compreendemos este panorama ‘terceiro mundista’ nas instalações de uma câmara municipal como a da Amadora, onde se afirma prezar os trabalhadores”, salienta a direção regional de Lisboa do STAL.
Para o sindicalista Ludgero Pintão, a falta de condições para os trabalhadores não se justifica, “quando se está a falar de um serviço público, que tem de dar o exemplo” no respeito pelos seus funcionários.
Por isso, os trabalhadores entregaram ao executivo municipal um levantamento dos principais problemas e disponibilizaram-se para “uma visita guiada” às instalações, tendo o sindicalista lamentado que a solução passe “por um novo edifício só em 2017, se vier a ser construído”.
O vereador Eduardo Rosa (PS), que tutela a gestão do estaleiro municipal, admitiu que as queixas dos trabalhadores “têm razão de ser” e que “os problemas dos balneários são muito antigos”.
“O que temos feito é minimizar e mitigar os problemas de funcionamento dos balneários, que já não possuem as condições que tinham há 30 anos”, explicou o autarca, adiantando que a solução passa por novos balneários.
A câmara vai avançar com a construção de uma nova cozinha e refeitório no estaleiro, ainda este ano, para depois construir novos balneários no espaço deixado livre, projetos que, no entanto, dependem de vistos do Tribunal de Contas, esclareceu Eduardo Rosa.
No estaleiro trabalham três centenas de funcionários, principalmente motoristas, cantoneiros e mecânicos, e cerca de metade utiliza os balneários, num edifício de três pisos, que será objeto de beneficiação “no espaço de dois anos”, apontou o autarca.