Transportes Sul do Tejo investiu 345 mil euros para resolver incumprimentos de serviço

A empresa Transportes Sul do Tejo (TST) assumiu hoje que registou problemas no período de verão para cumprir as carreiras previstas, mas assegurou que investiu 345 mil euros num plano de contingência e que "a situação está regularizada".
 
A TST registou recentemente "várias queixas devido ao incumprimento de serviços programados": "É um facto - nos últimos meses temos tido alguns atrasos em relação aos serviços programados para este período de verão", disse à agência Lusa António Corrêa de Sampaio, administrador da rodoviária, que opera sobretudo na península de Setúbal.
 
O responsável explicou que, atendendo à zona balnear que a TST serve, há um reforço de carreiras que obriga a um maior número de viaturas para cumprir os serviços programados.
 
"A nível externo, a margem sul neste período de verão tem um acréscimo significativo do volume de trânsito, o que perturba a possibilidade do cumprimento dos horários das carreiras, tal como algumas obras que ocorrem em certas zonas", referiu.
 
António Corrêa de Sampaio disse ainda que as elevadas temperaturas registadas também trouxeram problemas de aquecimento aos autocarros.
 
"Tivemos também um verão bastante quente, dos mais quentes das últimas décadas, o que influenciou também a operação dos nossos autocarros. Tivemos aquecimentos excessivos de alguns motores, que necessitaram de ser reparados. Este fator veio ajudar a um acréscimo da imobilização das viaturas", salientou.
 
Das 4.900 ligações que a TST realiza diariamente, 100 não foram concretizadas nos períodos mais complicados, o que representa cerca de 2%.
 
A empresa privada TST, que serve os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, com ligações também a Lisboa, avançou então com um plano de contingência.
 
"Este plano extraordinário, que registou um investimento de cerca de 345 mil euros, consistiu no aluguer de 15 viaturas a outras operadoras para ajudarem à nossa operação e suprirem a falta de viaturas na TST, bem como o recurso, de forma mais significativa que o normal, a reparações de autocarros em entidades externas", disse o administrador.
 
A empresa reforçou também o trabalho suplementar das equipas de oficina, para a manutenção e reparação de órgãos, tais como motores, radiadores ou correias de distribuição.
 
"Nesta altura podemos dizer que a situação se encontra regularizada", concluiu.