Utentes do SNS apresentaram quase 50 mil reclamações

Utentes do SNS apresentaram quase 50 mil reclamações

Os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresentaram quase 50 mil reclamações em 2011, mais oito por cento (%) do que no ano anterior, apesar de ter diminuído a actividade assistencial, segundo um relatório do Ministério da Saúde.
O relatório indica que, das 54.675 exposições que os utentes realizaram no ano passado, 49.702 foram reclamações (91%) e 3.636 foram elogios.
Os médicos são o grupo profissional mais visado nas reclamações (46,49%), bem como nos elogios (31,93%).
Em relação aos enfermeiros, são os segundos no ranking dos elogios, ocupando a quarta posição no top das reclamações, seguindo os assistentes técnicos, os dirigentes intermédios e os médicos.
A liderar os motivos das reclamações está o tempo de espera para cuidados, que aumentou 2,36% em 2011, face ao ano anterior, seguindo-se a falta de cuidados e a forma como os utentes são atendidos.
O documento reuniu as dez causas mais mencionadas nas reclamações do Serviço Nacional da Saúde (SNS), lideradas pelo tempo de espera no serviço de urgência, o tempo de espera para atendimento, falta de cortesia, regras inadequadas e inaplicáveis, recusa de consulta, dificuldade de marcação de consulta, perfil desadequado, má prática, desrespeito no trato interpessoal e falta de informação adequada em tempo útil.
Os serviços mais visados nas reclamações dos utentes foram a urgência geral, seguida da medicina geral e familiar, a saúde do adulto, consulta externa, urgência – Serviço de Atendimento Permanente (SAP), serviço administrativo e de apoio geral, coordenação, gestão de doentes, gestão administrativa e admissão de doentes.
Enquanto nas unidades hospitalares as principais causas das reclamações se referem aos tempos de atendimento (27%), nas unidades de cuidados de saúde primários as causas mais referidas estão relacionadas com a dificuldade no acesso a consultas (19%).