Aumento da factura da água motiva polémica entre PS e PSD/CDS

Aumento da factura da água motiva polémica entre PS e PSD/CDS

A concelhia do PS de Cascais contesta o aumento de 15 por cento na factura da água para os munícipes, uma decisão aprovada pelo executivo camarário (PSD/CDS-PP), que acusa os socialistas de contas manipuladas.

Num comunicado, o PS de Cascais manifesta-se contra o "aumento de 15 por cento do tarifário dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) que se reflectirá na factura da água dos munícipes", uma decisão que, dizem, resulta de uma decisão aprovada em reunião de Câmara Municipal a 08 de Outubro.

"Não é aceitável que neste momento de crise que atinge as famílias e as empresas, a gestão PSD/CDS da Câmara Municipal de Cascais agrave ainda mais essa situação com um aumento tão significativo que tem como suposta causa dar resposta ao elevado custo do tratamento de resíduos urbanos na empresa Tratolixo", sustentam os socialistas.

O PS acrescenta ainda que, "devido à ausência de bom senso", vai apelar à Entidade Reguladora dos Serviços da Água e Resíduos para que inviabilize o aumento proposto.

Perante este comunicado, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, acusou os socialistas de "contas manipuladas" e de serem uma "minoria interna e irresponsável" que se dedica a "produzir uma série de falsidades".

Carlos Carreiras esclarece que os 15% de aumento incidem "apenas sobre uma pequena parcela da conta da água, a taxa de resíduos sólidos urbanos (RSU)".

"Para que se perceba a dimensão do aumento, uma factura média de 21,90 euros, actualizada a taxa, passa para os 22,59 euros", exemplifica.

O autarca adianta ainda que a subida da taxa a RSU já tinha sido anunciada no ano passado e que estava incluída num pacote fiscal que reduziu o IRS, a Derrama e a Taxa Municipal de Direitos de Passagem.

"A memória selectiva da minoria interna e irresponsável do PS impede-a de sublinhar que há, mesmo neste caso, uma tarifa social de água a ser negociada pelo executivo e à qual podem recorrer os agregados mais carenciados", acrescenta Carreiras.

"Esta minoria interna do PS deu hoje mais uma prova de que não quer saber nem de uns nem de outros", concluiu.