Câmara da Amadora recupera Cineteatro D. João V

Sala referência na vida cultural da cidade está fechada há cerca de 12 anos.
A tão aguardada remodelação do Cineteatro D. João V, situado na Damaia, vai avançar ainda este ano. A obra estava prometida desde 2009, mas o concurso público para a execução dos trabalhos só foi lançado no passado mês de Janeiro. Trata-se de um investimento municipal orçado em quase 2,3 milhões de euros.
Fechado desde 2001 e depois de um concurso público lançado em 2009, sem qualquer resultado prático, uma vez que as propostas apresentadas não foram do agrado da Câmara, o Cineteatro D. João V poderá, finalmente, entrar em fase de obra no segundo semestre do ano. “Este é um concurso complexo, sujeito a visto do Tribunal de Contas, que, se tudo correr bem, poderá aprovar a obra ainda este semestre”, garante Gabriel Oliveira, vereador responsável pelas obras municipais na CMA, acrescentando que “a obra começará seguramente até ao final do ano”.
Há muito que a população da Damaia, mas também de todo o concelho da Amadora, pede a abertura daquela que em tempos já foi uma das mais importantes salas de espectáculos do município, com uma dimensão superior à dos Recreios da Amadora.
Joaquim Raposo, presidente da autarquia, espera que “a inauguração do renovado espaço venha a acontecer pelo aniversário do município, em 2014”.
Para além da recuperação do imóvel e da criação de novos espaços de apoio, a intervenção visa dotar o espaço com novos sistemas multimédia e de ar condicionado. Será ainda construída uma teia na zona do palco de modo a permitir uma maior capacidade cénica.
O novo espaço terá capacidade para cerca de 400 a 500 lugares e será adaptado para receber pessoas portadoras de deficiência.
O Cineteatro D. João V foi adquirido pela Câmara da Amadora, ainda no tempo da gestão da CDU, com o objectivo de o colocar ao serviço da cultura, da freguesia e do concelho. A sala chegou a receber concertos com grandes músicos, como Sérgio Godinho, Rui Veloso, Brigada Victor Jara, Madredeus, Carlos do Carmo ou Vitorino. Porém, está de portas fechadas há cerca de 12 anos.