As quatro associações de pais das escolas da Costa da Caparica reafirmaram que a freguesia tem de ter uma escola secundária e, no passado dia 6 de Fevereiro, em assembleia de freguesia extraordinária, reforçaram ainda a sua posição contra a vontade do Ministério de Educação de integrar os estabelecimentos de ensino da freguesia no Agrupamento de Escolas do Monte da Caparica.
Em meados de Janeiro a tutela deu a saber desta reorganização e logo a seguir teve alunos e encarregados de educação à porta das escolas em protesto. Ao todo, cerca de 1700 alunos da Escola Básica da Costa da Caparica, EB1/JI da Costa da Caparica, EB1/JI da Vila Nova e EB1 José Cardoso Pires, que constituem o Agrupamento de Escolas da Costa da Caparica, passariam a fazer parte do agrupamento de escolas da freguesia vizinha.
Na passada semana os encarregados de educação viram a sua contestação apoiada pelo PS e CDU que fizeram aprovar moções contra a decisão do Ministério da Educação, enquanto a moção do PSD foi chumbada. “A moção do PSD aceita a agregação das nossas escolas com o Monte da Caparica”, comenta Sérgio Santos, presidente da Associação de Pais da Escola Básica 2,3 da Costa da Caparica, e porta-voz das restantes associações de pais.
Apesar da moção do PSD defender que, mesmo com o agrupamento no Monte de Caparica, a direcção e secretaria deveria ficar na Costa da Caparica, esta tese não é suficientes para os encarregados de educação. “Existem condições na Costa da Caparica para serem criadas já quatro turmas do 10.ºano e progredir até ao 12.º ano”, afirma Sérgio Santos. “Não é aceitável que os nossos filhos tenham de ir para uma escola no Monte de Caparica quando podem continuar a estudar na cidade onde vivem”, acrescenta.
Agora as moções aprovadas vão ser enviadas para o Ministério da Educação, Assembleia da República, Presidente da República, Câmara de Almada e Assembleia Municipal. Entretanto está a ser estudada a possibilidade de se avançar com uma providência cautelar para travar o agrupamento com o Monte da Caparica.
“Não baixaremos os braços. Iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance por via judicial para que os alunos da Costa da Caparica continuem a estudar na terra onde residem”, reafirma Sérgio Santos.