O candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara de Sintra Luís Fazenda apela ao voto na esquerda que se "preocupa" com a emergência social e com a defesa do serviço público. "Dizemos às pessoas para se atreverem a mudar, vamos incentivar o caminho à esquerda, que se preocupa com a emergência social, que defende os serviços públicos e a capacidade dos sintrenses decidirem os seus próprios destinos nesta comunidade", disse Luís Fazenda, durante a apresentação da sua candidatura à presidência da Câmara de Sintra.
O deputado bloquista afirmou que os eixos centrais da sua candidatura se prendem com a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), com o combate à privatização das águas, dos transportes rodoviários e dos correios, mas também com a requalificação da saúde.
"Não esquecemos o velho sonho de um hospital em Sintra. Não esquecemos que é necessário requalificar as zonas urbanas, que é necessário reordenar as zonas rurais e requalificar a oferta de saúde", disse.
Luís Fazenda referiu que o PDM “é um espaço de liberdade e de desenho, de futuro para o concelho”: “Significa planos, que têm que ser aquilo que nos defende da anarquia de mercado e da especulação imobiliária".
O candidato do BE à Câmara de Sintra saudou ainda o falecido Miguel Portas – que foi o líder da bancada do partido na Assembleia Municipal de Sintra neste mandato - e afirmou que não está disponível para alianças com os partidos de direita.
Luís Fazenda acrescentou que, nesta altura de crise económica em que milhares de portugueses deixaram de conseguir pagar as suas prestações de habitação, a câmara municipal deve ajudar essas pessoas com apoio jurídico, tornando-se "numa espécie de advogado" das famílias.
O deputado bloquista desde 1999 já foi candidato pelo partido à Câmara de Sintra, nas eleições autárquicas de 2001, e vai concorrer contra Basílio Horta (PS), Pedro Pinto (PSD e CDS-PP), Pedro Ventura (CDU), Marco Almeida (movimento Sintrenses com Marco Almeida) e Nuno da Câmara Pereira (PND).