Proteção Civil de Cascais alerta para incumprimento da sinalização de perigo em arribas

A Proteção Civil de Cascais assegurou hoje que não há nenhum caso grave de risco de derrocada em arribas da orla costeira do concelho, mas alertou para o incumprimento dos banhistas em relação à sinalização de perigo.
 
"Cascais não tem situações preocupantes de quedas de arribas, mas é preciso que as pessoas respeitem a sinalização existente. Isso muitas vezes não acontece e tem de ser a Polícia Marítima a estar atenta. Esse é o problema", afirmou o coordenador do Gabinete de Planeamento e Operações da Câmara de Cascais, Carlos Estibeira.
 
O responsável, que falava no 4.º encontro técnico da rede temática "Proteção Civil", sobre a identificação e mitigação dos riscos urbanos e na orla costeira de Cascais, sublinhou que os maiores perigos acontecem sazonalmente.
 
"Quando há mais ocupação humana os riscos aumentam, mas cabe à Proteção Civil prevenir, através da monitorização das arribas, e, se necessário, fazer as obras necessárias de contenção antes dessa ocupação", explicou.
 
Carlos Estibeira disse que a autarquia tem realizado algumas obras de saneamento em arribas, mas outras requerem a atuação do Estado.
 
"Há obras que não pode nem tem ser a Câmara a fazer, tem de ser a ARH [Administração Regional Hidrográfica] do Tejo e isso tem acontecido, como é o caso, por exemplo, da praia da Bafureira, que foi alvo de uma intervenção profunda", adiantou.
Na abertura do 4.º encontro técnico da rede temática "Proteção Civil", que decorre hoje e sexta-feira no Centro Cultural de Cascais, o presidente da autarquia, Carlos Carreiras, sublinhou o trabalho dos "homens, mulheres - muitos voluntários - que dedicam o seu tempo para proteger as pessoas".
 
O encontro é organizado pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) com o objetivo de partilhar conhecimentos e trocar experiências entre técnicos de países/cidades membros da rede e refletir sobre as ocorrências, soluções e medidas mitigadoras do risco.
 
"A Proteção Civil está na ordem do dia e a troca de experiências técnicas e conhecimentos é essencial para reforçar a sua capacidade", disse o secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho.
 
O debate de hoje conta também com a participação de representantes do Serviço Municipal da Praia e de S. Domingos, em Cabo Verde, de Maputo, em Moçambique, de Huambo, em Angola, e da Guiné-Bissau.