Risco de derrocada leva ao desalojamento de 22 famílias no Cacém

O risco de derrocada de um muro obrigou hoje ao desalojamento de 22 famílias no Cacém, oito delas deslocadas para o Centro de Emergência da Idanha, em Belas, disse hoje à agência Lusa fonte da Proteção Civil de Sintra.
 
De acordo com a mesma fonte, o muro, que sustenta um terreno privado, encontra-se nas traseiras dos três edifícios que foram evacuados pelos bombeiros e pela Proteção Civil cerca das 20:16 de hoje.
 
Os edifícios evacuados são os números 12, 10 e parte do número 8 na Rua São Tomé e Príncipe, no Cacém.
 
As 20 pessoas das oito famílias foram realojadas com o apoio da Proteção Civil e da Segurança Social, enquanto as restantes vão ficar em casa de familiares.
 
Ainda segundo as autoridades, o muro de sustentação de terras está partido ao meio em consequência da acumulação de água no terreno.
Na garagem de um dos prédios funcionava uma associação chamada Entre Gatos, que acolhia dezenas de gatos.
 
Ema Cardoso, presidente da Associação Entre Gatos, disse à agência Lusa que os animais vão ser distribuídos por várias pessoas que se disponibilizaram para cuidar deles.
 
O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, disse à Lusa que a obra "vai ser muito complicada porque é um muro com 12 metros que está em risco de cair".
 
Maria do Céu, 53 anos, residente no terceiro andar do prédio número 12, disse à Lusa que ouviu “um estrondo muito grande e o prédio deu todo de si”.
 
Maria do Céu vai ser realojada, juntamente com a filha e uma sobrinha, no Centro de Emergência da Idanha.
 
Técnicos do Serviço Municipal de Proteção Civil de Sintra e os Bombeiros vão avaliar a situação na sexta-feira para determinar que medidas terão de ser tomadas para evitar a derrocada.
 
Nesta operação estiveram envolvidos os Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém, a PSP e do Serviço Municipal de Proteção Civil de Sintra.