O candidato do movimento independente Sintrenses com Marco Almeida à presidência da Câmara de Sintra afirmou hoje que, se vencer a corrida autárquica, não vai permitir a privatização dos serviços municipais de água.
"Sou contra a privatização da água. Opomo-nos claramente à privatização da água no concelho de Sintra. Não se justifica porque temos um serviço que cumpre bem a sua função, que presta um serviço de qualidade aos sintrenses e porque a água é um bem público", afirmou Marco Almeida à agência Lusa.
A questão da eventual privatização das águas tem sido debatida pelos partidos com representação parlamentar, com a oposição a acusar o Governo de estar a preparar o processo, acusação que a ministra do Ambiente já negou.
O também vice-presidente da câmara liderada pelo social-democrata Fernando Seara esteve hoje reunido com a administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra.
Segundo Marco Almeida, este encontro permitiu conhecer a "boa saúde financeira" dos SMAS, o que, adiantou, lhe permite aplicar duas medidas "importantes" caso vença a corrida autárquica de 29 de setembro.
"A saúde financeira dos SMAS e a folga que tem do orçamento municipal por via das disponibilidades que têm em banco permitem e garantem-nos que é possível acelerar o processo de construção integral da rede de saneamento básico, principalmente no que diz respeito às freguesias do norte do concelho", disse.
O candidato promete ainda "repensar" os preços praticados por este serviço municipal, criando "um tarifário mais amigo das famílias" de forma a "aliviar" os orçamentos familiares.
"Os SMAS têm já conjunto de soluções para as situações mais preocupantes [desempregados e mais carenciados], o que eu acho é que há uma classe média no concelho de Sintra que tem sido penalizada pela sobrecarga dos impostos nacionais e pela redução dos seus orçamentos através dos seus vencimentos. É preciso que a câmara encontre aqui uma resposta e a resposta é tudo fazer para aliviar as despesas com os encargos com a água", afirmou.
Marco Almeida adiantou ainda não concordar com o facto de a EPAL (Empresa Portuguesa de Águas Livres) "vender água mais barata a Lisboa do que a Sintra".
"Isso é uma situação de desvantagem, tendo até em consideração que estamos com obras de requalificação de uma conduta em que nos substituímos à EPAL", disse.
Na corrida à Câmara de Sintra, além de Marco Almeida, estão Pedro Ventura (CDU), Nuno da Câmara Pereira (PND), Luís Fazenda (BE), Barbosa de Oliveira (independente), Pedro Pinto (PSD/CDS-PP/MPT), Basílio Horta (PS), José Lucena Pinto (PNR), António Laires (PCTP/MRPP), João Massena (PTP) e Nuno Azevedo (PAN).
A Câmara de Sintra é presidida por Fernando Seara, eleito pela coligação Mais Sintra (PSD/CDS-PP) nas eleições de 2009. O atual executivo municipal é composto por seis elementos da coligação PSD/CDS-PP, quatro do PS e um da CDU.