A presidente da Câmara da Amadora, reeleita para um novo mandato no domingo, considerou hoje que o reforço da maioria absoluta representa “mais responsabilidade” e apontou como prioridade a continuação da erradicação de bairros degradados no concelho.
“Sentimos que a cidade reconhece no Partido Socialista capacidades para continuar a gerir a Amadora. As cinco maiorias absolutas nas juntas, a vitória em Alfragide e a maioria expressiva na câmara dá-nos mais responsabilidade para continuar fazer o que estiver ao nosso alcance em prol da cidade”, disse à Lusa Carla Tavares.
Nas eleições de domingo, o PS revalidou a maioria absoluta, com 47,97% dos votos, mantendo sete eleitos, a coligação PSD/CDS-PP teve 18,09%, preservando dois mandatos, a CDU registou 12,22%, ficando com um vereador, e o BE, com 06,94%, também elegeu Deolinda Martin.
A candidatura de Carla Tavares - que sucedeu ao socialista Joaquim Raposo, devido à limitação de mandatos – obteve nas últimas eleições 45,45% dos votos, enquanto a CDU teve 19,15%, conseguindo dois eleitos, que agora ficou reduzido a um, devido também ao crescimento do BE.
“Há rostos novos, mas relativamente à gestão cumpriremos aquilo que foi o mandato da cidade e governará o Partido Socialista, porque entendemos que os resultados é isso que transmitem e que a cidade espera”, adiantou Carla Tavares.
A autarca considerou “importante outros movimentos e a participação de outros partidos políticos”, como a eleição do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) na assembleia municipal, “para a democracia e para a cidade”.
“Tenho a certeza de que estamos cá todos na procura das melhores soluções para a Amadora e encontraremos os pontos de convergência que seja possível, discordaremos sempre que não seja possível essa convergência”, frisou a autarca.
Além do PAN, também o Movimento Independente pela Amadora (MIPA) conseguiu eleger um deputado municipal.
“As prioridades são, num conjunto de áreas que já tínhamos delineado há quatro anos, […] continuar com o trabalho que tem estado a ser feito na erradicação dos bairros degradados, a intervenção no espaço público”, apontou a autarca socialista.
A autarquia, no distrito de Lisboa, tem prontos os projetos de regeneração da zona Falagueira-Venda Nova, com vista a iniciar um conjunto vasto de intervenções de reabilitação, e aguarda por visto do Tribunal de Contas para a construção de dois centros de saúde.
Em relação à conquista da freguesia de Alfragide, Carla Tavares admitiu que a candidatura do PS também pode ter beneficiado da confiança decorrente do momento favorável da governação socialista, em que “o país começa a recuperar de momentos muito difíceis, do ponto de vista económico, financeiro e social das famílias”.
Nas eleições para a câmara municipal concorreram ainda João Pica (MIPA), Mário de Carvalho (‘Nós, Cidadãos'), Patrícia Caeiro (PAN), Carlos Costa (PCTP/MRPP) e Tânia Marques (PTP).