Eleição direta dos órgãos das áreas metropolitanas é 'inevitabilidade'

O presidente da Junta Metropolitana de Lisboa lamenta que o Governo não tenha incluído a eleição direta dos órgãos das áreas metropolitanas na nova legislação, mas considera que essa alteração "é uma inevitabilidade".

Em declarações à agência Lusa, o presidente da JML, que será extinta após o início de funções do conselho metropolitano - um dos novos órgãos criados pela legislação publicada em setembro -, Carlos Humberto Carvalho (CDU) defende que a eleição direta dos elementos que representam as áreas metropolitanas "é uma batalha que os cidadãos, os municípios e os eleitos autárquicos acabarão por impor" aos governos.

"É uma inevitabilidade, mas estamos a perder muito tempo, já perdemos dezenas de anos", sustentou o também presidente da Câmara do Barreiro, alegando que "o facto de [os membros dos órgãos das áreas metropolitanas] não terem de prestar contas regularmente aos eleitores é limitador", uma vez que "é preciso ter uma gestão de proximidade com os municípios, mas também com as populações".