A situação na Costa de Caparica, Almada, voltou a piorar durante a tarde de domingo, com o mar a galgar o paredão junto à praia, pelo que a zona foi novamente interdita ao público.
Durante a manhã de domingo, a zona das praias esteve acessível ao público, já que a agitação do mar esteve mais calma, mas com o aproximar da preia-mar as ondas voltaram a galgar o paredão junto à praia do CDS, onde os cafés e restaurantes foram inundados na madrugada de sábado pelas ondas, referiu a fonte da Polícia Marítima.
O posto da Costa de Caparica está a acompanhar a evolução das marés e a controlar as condições climatéricas.
Na madrugada de sábado, as ondas galgaram o paredão inundando os estabelecimentos comercias da zona e arrastando areia e pedras para o paredão e parque de estacionamento.
A situação voltou a repetir-se, com menos intensidade, à hora do almoço de sábado, na madrugada e na tarde de domingo.
Câmara de Almada exige respostas rápidas por parte do Governo
Entretanto, a Câmara de Almada exige "respostas imediatas" do Governo aos danos causados pelo mau tempo na madrugada deste sábado na Costa de Caparica e critica "o vazio" de responsabilidade deixado com a extinção da sociedade Costa Polis.
Em declarações à Lusa neste sábado, Rui Jorge Martins, vereador da Câmara de Almada com o pelouro da Protecção Civil, adiantou que a autarquia vai "intervir junto do Governo para que resolva" os problemas causados pelo mau tempo na Costa de Caparica. Independentemente de ser ou não decretado o estado de calamidade, os responsáveis locais exigem "uma resposta cabal e imediata" do Governo.
O vereador fez estas declarações após uma reunião promovida pelo presidente da autarquia, Joaquim Judas (CDU), que convidou juntas de freguesia, bombeiros e forças de segurança, concessionários e população para debaterem "toda a destruição que o mar tem vindo a fazer" na Costa de Caparica, "no sentido de encontrar respostas".
O vereador adiantou ainda que, da próxima reunião de câmara e assembleia municipal, agendada para terça-feira, deverá sair o pedido de agendamento de "um debate urgente" na Assembleia da República sobre "a situação actual" na Costa de Caparica. "Se o Governo não aceitar este repto da Câmara Municipal, que os partidos com representação parlamentar o possam fazer", disse o vereador.
A autarquia compromete-se a ajudar na medida da sua "capacidade" e destaca que "existem fundos comunitários a que se pode recorrer".