Joaquim Franco, jornalista da SIC, promove igualdade na Amadora

Começou a sua carreira enquanto jornalista nas rádios da Amadora, em 1988, e, de lá para cá, tornou-se num comunicador de renome, reconhecido facilmente pelas suas reportagens nos espaços informativos da SIC. Pela sua ligação tão estreita ao município e pelas suas preocupações sociais, Joaquim Franco não podia deixar de aceitar o convite da Câmara Municipal da Amadora para ser um dos Conselheiros Locais para a Igualdade. Tarefa que vai partilhar com uma antiga colega de secundário, Lurdes Ferreira.
 
"É uma honra e um desafio. Cresci nesta cidade e, por isso, aceitei de imediato o convite. Só tive de ponderar a forma como podia desempenhar as minhas funções neste papel dado a minha agenda profissional, mas cheguei à conclusão que de todas as formas conseguia sempre dar um contributo para o debate sobre a cidadania e a igualdade", disse Joaquim Franco na apresentação Pública do Plano Municipal para a Igualdade e dos Conselheiros Locais para a Igualdade, iniciativa que contou com as presenças da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, e da Presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares.
 
Este plano tem como objetivos centrais promover uma política de comunicação promotora de igualdade do género. Além disso, propõe-se sensibilizar e capacitar o executivo e os trabalhadores da autarquia para a igualdade de oportunidades e de género, e para a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal. Visa ainda promover a Igualdade de Oportunidades no tecido empresarial e IPSS do concelho, sensibilizando a comunidade para a temática. "A autarquia está de parabéns, pois elaborou um plano de ação virado para dentro das organizações. É na mudança do paradigma das organizações de trabalho e no papel dos homens na sociedade, que reside a chave para uma nova mentalidade", refere Catarina Marcelino, para quem "os homens tem de querer entrar na esfera doméstica. Enquanto eles não fizerem isso, o papel da mulher não irá mudar". Nesse sentido, a Secretária de Estado anunciou que vai ser criado um programa para a educação da cidadania nas escolas.
 
A Câmara Municipal da Amadora aplaude esta iniciativa. "Nem sempre é fácil quando somos mulher", declara Carta Tavares. A presidente da Câmara Municipal da Amadora recorda que quando esteve grávida houve muitos colegas homens a fazerem apostas sobre se ela ia ou não voltar a trabalhar depois de ser mãe. Mas a verdade, "é que não nos podemos centrar apenas na desigualdade do género. Por isso, faz todo o sentido que a Câmara ajude a refletir interna e externamente sobre estas questões. Não queremos mudar o mundo, mas queremos gerar debate e mudar mentalidades", define. Joaquim Franco corrobora. "O nosso papel é constatar e definir situações de discriminação e criar debate sobre elas". Nesse sentido, Lurdes Ferreira apela aos amadorenses: "Estamos abertos a sugestões que nos sejam apresentadas".
 
Este plano que prevê o acompanhamento e dinamização da implementação de políticas locais para a cidadania e igualdade de género no interior e no exterior da Câmara Municipal da Amadora vai estar em vigor até 2017, altura em que será avaliado, rectificado e continuado.