As comissões de utentes, autarcas e população do Seixal vão entregar na terça-feira mais de oito mil assinaturas na Assembleia da República, como forma de protesto e reivindicação pelo novo hospital no concelho.
"Começamos a recolha no 25 de Abril e reunimos mais de oito mil assinaturas. Fizemos também reuniões com a população e a nota dominante dos debates foram os testemunhos das dificuldades do hospital Garcia de Orta em responder às necessidades", disse à Lusa Joaquim Santos, presidente da Câmara do Seixal.
Em agosto de 2009, o Governo reconheceu o novo hospital no Seixal como uma necessidade e celebrou com o município um acordo estratégico para construção, que estava prevista terminar em 2012.
O novo hospital do Seixal seria um equipamento complementar ao hospital Garcia de Orta (Almada), para servir os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra.
"Os Governos têm que ter palavra e a saúde está cada vez pior na região. No Garcia de Orta as pessoas esperam uma eternidade para serem atendidas na urgência. Este hospital é cada vez mais necessário e não foi a autarquia do Seixal que o disse, foi o próprio Ministério da Saúde", explicou.
Joaquim Santos disse ainda que no concelho, depois das 20:00, as pessoas apenas tem o hospital Garcia de Orta como recurso e deixou críticas à tutela.
"Enviámos ofícios da Câmara do Seixal e também dos vários concelhos da Península de Setúbal, mas sempre sem efeito. Não há qualquer resposta da tutela e o Ministério da Saúde tem um comportamento institucional pouco saudável, algo que só se verifica neste ministério", frisou.
A entrega das assinaturas vai decorrer na terça-feira, pelas 11:00, na Assembleia da República, com o autarca a afirmar que vão também solicitar uma reunião a todos os grupos parlamentares.
"Com estas assinaturas a discussão vai baixar a plenário e vamos solicitar reuniões com os grupos para que todos estejam bem informados na altura da discussão", concluiu.
No sábado, a autarquia vai realizar a iniciativa do Natal do Hospital do Seixal, que pretende recordar o Governo que deve cumprir o acordo estabelecido e iniciar o processo de construção do hospital.