O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, afirmou hoje que a resolução dos passivos ambientais dos antigos territórios industriais do Barreiro e do Seixal vai continuar no próximo quadro europeu, referindo que 18 milhões já foram executados.
"Estou a visitar intervenções em curso há algum tempo, procurando mostrar o que feito, mas também a necessidade de prosseguir estes trabalhos no próximo quadro dos novos fundos europeus. Em alguns passivos ambientais podemos dizer trabalho concluído, em relação a outros são necessários outras intervenções", disse.
O ministro realizou uma visita ao território da Quimiparque, no Barreiro, antes de seguir para a Siderurgia, no Seixal, onde esteve acompanhado pelos autarcas de ambos os concelhos, além da administração da Baía do Tejo, liderada por Jacinto Pereira, que gere ambos os territórios.
O ministro assegurou que o Governo está empenhado na resolução dos passivos ambientais que "existem há décadas", explicando que as intervenções em falta devem ser estudadas para o próximo quadro europeu.
"Estive a analisar opções candidaturas com a administração da Baía do Tejo, mas terá que ser alvo de planeamento. Não quero antecipar o novo quadro europeu porque ainda estamos em negociações", salientou, recusando avançar números.
Moreira da Silva explicou que os territórios da Quimiparque (Barreiro) e Siderurgia (Seixal) já foram alvo de intervenções para a remoção de resíduos num total de 18 milhões de euros.
"No Barreiro e no Seixal estamos a falar de 18 milhões de euros executados para resolver passivos ambientais e bem resolvidos, mas é necessário verificar que intervenções adicionais justificam o apoio público, através de fundos europeus", explicou.
O governante afirmou que a resolução dos passivos ambientais é "uma pré-condição de bem-estar social e qualidade de vida" que não terminou no último quadro de apoio.
"Existem concelhos onde que o trabalho deve ser prosseguido no próximo quadro comunitário. No Barreiro foram eliminadas 65 mil toneladas de lamas de zinco, mas existem ainda 140 mil toneladas de cinzas de pirite", salientou.
O ministro recusou depois comentar a possível localização do novo porto de águas profundas no Barreiro, apenas referindo que todos os projetos com impacto ambiental terão que ser alvo das respetivas avaliações.