A 23.ª edição da meia-maratona de Lisboa terá no domingo um número recorde de 40.000 participantes, mas dificilmente cumprirá o grande objetivo de estabelecer uma nova melhor marca mundial da distância no setor feminino.
“É verdade que vamos ter os melhores do mundo, mas o tempo ventoso, que se prevê, pode prejudicar a obtenção do recorde do mundo em femininos”, disse Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, na última conferência de imprensa de apresentação da prova, que percorrerá a ponte 25 de abril.
Uma das sérias candidatas à obtenção de novo máximo mundial – que vale um cheque de 50.000 euros – é a queniana Edna Kiplagat, que, no entanto, assume que esse não é o objetivo principal.
“Estou a preparar-me para a maratona de Londres. Vou fazer o meu melhor”, afirmou a atleta queniana, campeã mundial da maratona em 2011 e segunda classificada na maratona da capital britânica em 2012.
Os dorsais mais baixos serão entregues ao queniano Bernard Koech, ao eritreu Samuel Tsegay e ao etíope Tsegaye Mekonnen Asefa, numa prova que não contará com o etíope Ibrahim Jeilan, atual campeão mundial dos 10.000 – que chegou a ser anunciado.
Outro dos ausentes é o eritreu Zerzenay Tadese, que em 2010 estabeleceu na meia-maratona de Lisboa, que integra o circuito Gold Label da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o recorde mundial da distância (58,23 minutos).
Entre os portugueses, marcarão presença, entre outros, Rui Silva – o melhor luso em 2012 –, Fernando Silva, José Rocha, Ricardo Ribas e Luís Feiteira.
No setor feminino, Portugal vai estar representado por atletas como Dulce Félix, campeão da Europa de 10.000 metros, e Sara Moreira, que recentemente se sagrou campeão continental de 3.000 metros em pista coberta.
Carlos Móia explicou que o percurso “da melhor meia-maratona do mundo” vai sofrer uma ligeira alteração “na zona do Cais do Sodré, a pedido do presidente da Câmara Municipal de Lisboa”.
Na última conferência de imprensa de apresentação da prova, cuja partida será dada às 10:30 de domingo, foi anunciado o vencedor do prémio Rosa Mota, que este ano será entregue ao norte-americano Frank Shorter.
O prémio Rosa Mota, instituído em 1999, distingue personalidades que, de alguma forma, tenham contribuído para o desenvolvimento do atletismo.
Frank Shorter conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 e a de prata quatro anos mais tarde em Montreal.
O programa da meia-maratona de Lisboa integra, no sábado, as provas Vitalis Corrida da Amizade, Passeio Mimosa Avós e Netos e mini-campeões EDP.
No domingo, além da meia-maratona de Lisboa, disputam-se a prova de deficientes motores em cadeira de rodas e a mini-maratona.